Segmentos projetados em direções opostas conferem movimento ao visual da estante de TV, desenhada pelo decorador Fábio Galeazzo. “Fiz uma releitura dos modelos do designer francês Jean Prouve, com diversidade no comprimento das prateleiras e dos nichos”, revela. Chumbado na parede, o painel amarelo esconde a fiação e sustenta os módulos ocupados por livros, objetos e equipamentos. “Além da cor viva, optei por prateleiras brancas e fechamentos de sucupira com acabamento rústico, que contrasta com o brilho de laca predominante no resto”, completa Fábio.
Apesar do aparente desalinho, a disposição dos módulos desta estante de home theater obedece a uma lógica planejada, calculada e baseada na TV, no centro. “É como se as caixas estivessem empilhadas”, afirma o arquiteto Guilherme Torres. Feitas de MDF laqueado, as peças parafusadas umas às outras se projetam sobre um fundo falso preto, apoiado no chão.
Neste apartamento de 250 m², reformado pela arquiteta Fernanda Marques, o home theater é emoldurado por estantes e por um aparador. O projeto permite a junção do ambiente da TV e da sala de estar, já que a porta de correr envidraçada pode ficar recolhida num vão na parede à direita.
Além da função de biblioteca, a estante de MDF laqueado, projetada pelo designer de interiores Francisco Cálio, também se desdobra nos papéis de base para um escritório e um home theater. No desenho, nichos abertos para livros e coleções se alternam com portas e gavetas para CDs e equipamentos. Disposta na lateral, a TV se alinha com a cama, que fica à frente.
Foi a pequena Betina, 3 anos, quem inspirou a mãe, a arquiteta Adriana Soares, a criar o modelo destas estantes. “Queria que a minha filha também tivesse acesso a seus livros. Veio daí a ideia de construir as peças desde o chão”, revela Adriana. Nichos exatamente iguais compõem o visual do móvel e emolduram o requadro maior, ocupado pela TV e por outros equipamentos. Laqueadas de branco-fosco, as estantes fazem com que a sala, de pouco mais de 10 m², pareça maior. “O bacana é tirar partido da cor dos objetos que vão às prateleiras”, conta a arquiteta.
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