sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Arranjos de Parede

Espelhos, quadros, fotografias e objetos afetivos, quando bem arrumados, dão mais vida às paredes. Conheça estas seis ideias originais para compor um arranjo.

Ao reformar a sala, a decoradora Maristela Gorayeb aproveitou móveis e objetos da moradora, a exemplo dos espelhos que compõem este arranjo. “As peças, herdadas da mãe e da avó, ficavam espalhadas pela casa sem o destaque que mereciam”, conta. A decoradora então reuniu os modelos e criou uma composição equilibrada. Para isso, alinhou o espelho central com a mesa e, nas laterais, organizou conjuntos com espelhos menores. “Eles rebatem a luz da varanda e iluminam ainda mais a sala.”

A galerista Mônica Filgueiras dispensou parte da vista da janela da sala, antes com 5,60 m de largura, e levantou uma parede de 2,80 m de drywall para pendurar mais quadros. Antes de furar a superfície, ela fez um teste: “Montei a composição de quadros no chão para visualizar todas as possibilidades”, ensina. Repare que no arranjo existem três conjuntos verticais, organizados por cores: o da esquerda tem quadros de tons claros, no meio ficam as telas escuras, e à direita, as coloridas. Os quadros são assinados pelos artistas: 1. Léon Ferrari, 2 e 7. Macaparana, 3. Luiz Paulo Baravelli, 4. Andy Warhol, 5. Marcelo Moscheta, 6. Antonio Dias e 8. Alan Jones.

Nesta sala, em que a lareira de limestone cinza é o destaque, as arquitetas Luciana Zeitel e Marcella Sion Libeskind propuseram evidenciar a imponente estrutura, em vez de ofuscá-la com um arranjo exagerado na parede. Para isso, elegeram a peça como ponto de partida e, com base nela, posicionaram a tela maior, centralizando-a com a largura da lareira. Já os outros quadros foram dispostos nas laterais e alinhados por uma linha imaginária que segue pela moldura inferior do quadro central. Os autores das obras de arte são: 1. Victor Wassarely, 2. Claudio Tozzi, 3. Gustavo Ivo, 4. Adriana Rocha e 5. Gilberto Salvador.

Ao perceber que tinha caixas diversas, sobras de suas criações de madeira, a designer de móveis Juliana Llussá, da Llussá Marcenaria, teve uma ótima ideia. Pintou as peças de branco e as parafusou na parede, criando uma espécie de estante modular para sua casa. “Escolhi colocá-las num fundo também branco para que apenas a sombra de cada uma delas se destacasse”, explica. Na hora de instalar, alternou modelos com tamanhos e profundidades diferentes, criando um jogo de formas dinâmico. A ideia deu tão certo que hoje a designer reproduz a fórmula na casa dos clientes.

Para a arquiteta Regina Strumpf, reunir móveis de estilo clássico com objetos e acessórios mais modernos foi a receita ideal para obter o equilíbrio na decoração de sua sala. “Neste canto de entrada, onde existe uma poltrona vermelha e dourada, uma banqueta revestida de patchwork e um tapete colorido, achei que a parede merecia um arranjo mais sóbrio”, explica. “Reuni todos os trabalhos em preto e branco que tinha, entre gravuras, aquarelas e fotos, escolhi molduras diferentes para cada um deles e os alinhei pela moldura lateral dos quadros centrais.” As obras são dos artistas: 1 e 2. Tuca Reinés, 3. Raquel Kogan, 4. Mário Cravo Neto, 5. Ucho Carvalho, 6, 7 e 8. Tuca Reinés, 9. César Barreto do Corcovado e 10. Arquivo Pessoal.


Composto de recordações, peças de família, presentes e obras de arte, o arranjo criado pelo arquiteto Cezar Aumart é formado por objetos de valor afetivo que têm em comum os tons dourado, prateado e acobreado. O profissional organizou os itens entre o altar barroco com imagem de Nossa Senhora das Graças de vidro espelhado e o candelabro de cobre herdado da família. “São peças de valor real ousimplesmente afetivo. O bacana da mistura é que uma acaba valorizando a outra”, diz

Fonte: site Casa Cláudia
Reportagem Visual Juliana Hamacek e Gueguela Baccari
Texto Letícia de Almeida Alves
Fotos Evelyn Müller




Nenhum comentário:

Postar um comentário